segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TURMA DO CAFI PROTESTA CONTRA BELO MONTE


Protesto no centro de Manaus / Foto : Ascom COIAB

No dia que várias pessoas, em diversas cidades Brasil protestam contra a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, os alunos do CAFI – Centro Amazônico de Formação Indígena, também deram o seu recado, o palco das pacíficas mobilizações da jovem turma foi os símbolos da cidade de Manaus, a Praça do Relógio e o imponente Teatro Amazonas.

Sob olhares curiosos, a turma do CAFI pode mostrar um pouco da sua indignação contra esse projeto desenvolvimentista que afetará a vida de centenas de pessoas no Rio Xingu.

O protesto serviu, inclusive, para se ter a certeza de como a questão de Belo Monte é um tanto que mal discutida pela sociedade brasileira, que não tem noção do que representa essa obra megalomaníaca nos rios da Amazônia. “Eu confesso que não sabia nada a respeito. Mas o Governo Brasileiro não poder pensar só em desenvolvimento, precisamos ter a natureza preservada, esse é o nosso maior patrimônio”, explicou Maria Tereza, a dona de casa que passava pelo local da manifestação.

De acordo com Rúbia Saterê Mawé, muitas pessoas que passavam pelo local não sabiam que estava sendo construída uma Hidrelétrica no Pará, e que essa é alvo de protesto em todo o planeta. “É por isso que temos que protestar para amostrar pra sociedade brasileira que essa obra vai prejudicar os povos indígenas”.

Para o rapper indígena JC Makuxi, Belo Monte é um grande monstro que deve ser eliminado. “Precisamos despertar a consciência do governo brasileiro, para que esse respeite o direito dos povos indígenas, das pessoas que vivem nas matas e nos rios daquela região”, falou o aluno do CAFI.

Segundo Juma Xipaia, jovem liderança indígena da região de Altamira, é preciso se manifestar contra a construção de Belo Monte. “Estamos todos juntos nesse momento em várias partes do mundo para repudiar Belo Monte e dizer que não precisamos desse Belo Monstro”, alertou a guerreira que integra o Departamento Etnoambiental da COIAB.

Sonia Guajajara, vice coordenadora da COIAB, participou dos protestos contra Belo Monte na tarde de sábado em Manaus. “É importante deixar claro que os povos indígenas não aceitam Belo Monte e por isso estamos na luta, todos contra Belo Monte, Jirau, Santo Antonio, Estreito e todas a grandes obras que invadem a Amazônia. Esses mega projetos nos levaram para um futuro certo, de morte e sofrimento. Não podemos permitir mais sofrimento”, afirmou a liderança Guajajara.

O protesto dessa tarde, também aconteceu em diversas cidades do Brasil. Segunda feira, 22, em cerca de 16 países, haverá manifestação contra Belo Monte em frente as embaixadas brasileiras dos Estados Unidos, Iran, Turquia, Inglaterra, País de Gales, entre outras.


Com informações Ascom COIAB

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