A Articulação dos Povos indígenas do Brasil (APIB) manifesta profunda indignação contra a prisão arbitrária da liderança indígena Glicéria, do Povo Tupinambá, e seu bebê de apenas dois meses, na tarde desta quinta-feira, dia 3. Ela foi presa de forma constrangedora e violenta por agentes da Polícia Federal ao desembarcar no aeroporto de Ilhéus na Bahia.
Glicéria Tupinambá é membro da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) e havia participado no dia anterior da 13ª reunião ordinária da comissão, conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro, ela denunciou os crescentes atos de violência e violações de direitos humanos cometidos contra o Povo Tupinambá pela Polícia Federal, proprietários de terras e autoridades judiciais da região sul da Bahia.
Após ser interrogada na sede Polícia Federal em Ilhéus, Glicéria foi transferida, acompanhada de seu bebê, para um presídio na cidade de Jequié, distante cerca de 200 km de sua aldeia. Ela é a terceira pessoa de sua família a ser presa por agentes da PF. Seus irmãos, Rosivaldo Ferreira da Silva (conhecido como cacique Babau) e Givaldo Ferreira da Silva, figuras atuantes na luta pela terra, também foram presos em circunstâncias, no mínimo, duvidosas e aguardam julgamento.
A APIB repudia este ato deliberado de agressão cometido contra os Tupinambá. E não admite que a criminalização de lideranças continue a ser usada como arma na luta contra o processo de demarcação de terras indígenas, seja na Bahia ou em qualquer outro estado.
Durante a reunião da CNPI, Lula afirmou que busca o diálogo com os Povos Indígenas. A APIB também acredita no entendimento, mas tal diálogo se torna inviável quando setores do governo tomam atitudes que se mostram contrárias às determinações de seu próprio presidente sem que nada seja feito.
Não é possível que o Estado Brasileiro continue impassível diante da perseguição covarde por parte da Policia Federal à comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, algo recorrente desde 2008. Tais abusos são alvo de denúncia das organizações indígenas e entidades indigenistas desde que a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciou o processo de demarcação de terras na região.
A APIB reafirma o apoio das organizações indígenas de todo país ao Povo Tupinambá e exige que o Presidente Lula e o Ministério Público Federal tomem providências imediatas para garantir a libertação e a integridade física de Glicéria Tupinambá, de seu bebê e das demais lideranças indígena presas no estado da Bahia. Reivindica também punição severa para os culpados pelas injustiças praticadas contra estas pessoas e suas famílias.
Brasília, 04 de junho de 2010.
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB
Glicéria Tupinambá é membro da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) e havia participado no dia anterior da 13ª reunião ordinária da comissão, conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro, ela denunciou os crescentes atos de violência e violações de direitos humanos cometidos contra o Povo Tupinambá pela Polícia Federal, proprietários de terras e autoridades judiciais da região sul da Bahia.
Após ser interrogada na sede Polícia Federal em Ilhéus, Glicéria foi transferida, acompanhada de seu bebê, para um presídio na cidade de Jequié, distante cerca de 200 km de sua aldeia. Ela é a terceira pessoa de sua família a ser presa por agentes da PF. Seus irmãos, Rosivaldo Ferreira da Silva (conhecido como cacique Babau) e Givaldo Ferreira da Silva, figuras atuantes na luta pela terra, também foram presos em circunstâncias, no mínimo, duvidosas e aguardam julgamento.
A APIB repudia este ato deliberado de agressão cometido contra os Tupinambá. E não admite que a criminalização de lideranças continue a ser usada como arma na luta contra o processo de demarcação de terras indígenas, seja na Bahia ou em qualquer outro estado.
Durante a reunião da CNPI, Lula afirmou que busca o diálogo com os Povos Indígenas. A APIB também acredita no entendimento, mas tal diálogo se torna inviável quando setores do governo tomam atitudes que se mostram contrárias às determinações de seu próprio presidente sem que nada seja feito.
Não é possível que o Estado Brasileiro continue impassível diante da perseguição covarde por parte da Policia Federal à comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, algo recorrente desde 2008. Tais abusos são alvo de denúncia das organizações indígenas e entidades indigenistas desde que a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciou o processo de demarcação de terras na região.
A APIB reafirma o apoio das organizações indígenas de todo país ao Povo Tupinambá e exige que o Presidente Lula e o Ministério Público Federal tomem providências imediatas para garantir a libertação e a integridade física de Glicéria Tupinambá, de seu bebê e das demais lideranças indígena presas no estado da Bahia. Reivindica também punição severa para os culpados pelas injustiças praticadas contra estas pessoas e suas famílias.
Brasília, 04 de junho de 2010.
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB
"Quem me dera ao menos uma vez ter de volta todo o ouro que entreguei a quem, conseguiu me convencer, que era prova de amizade se alguém levasse embora até o que eu não tinha...
ResponderExcluirNos deram espelhos e vimos um mundo doente"
Mbo'aje ja reko arã tava kuerandi
Enquanto os povos indigenas forem ignorados pelo estado, a nação não viverá em paz, pois são eles o sangue deste terra.
ResponderExcluirEramos mais de 15 milhões e eles mentem e dizem que eramos 5. O que fizeram conosco aqui no Brasil, exterminando milhões de índios, foi algo tão horrível quanto o que fizeram com os Judeus na Europa, e até os dias de hoje, seja governo de direito ou esquerda genérica, sempre utilizam da política de exploração e eliminação dos povos indigenas.
Ronaldo Santos
Secretário Geral do PSOL Bahia
Diretório Nacional do PSOL
071-9126-2455
O que mais me impressiona é a impunidade por essas atos arbitrários, contraditórios em si mesmos. Dentro do próprio Estado os atores agem em função de interesses espúrios e de nada adianta as manifestações em contrário - até de instituições e membros influentes dentro do governo. Como entender essa dubiedade que nos faz desacreditar nos modelos políticos, ditos democráticos, impostos aos povos que se abrigam neste território? O mais impressionante nisso tudo é a sensação de inutilidade até de gestos com este e outros que as organizações indígenas, indigenas e demais aliados estão fazendo em solidariedade ao povo Tupinambá
ResponderExcluirQuando e como isso vai acabar?
América Cesar (UFBA)
Ainda tratam nossos irmãos índios como bandidos, que vergonha Brasil.
ResponderExcluirCreio que a justiça deve sr para todos e não apenas para alguns. O que estão fazendo com os pequenos produtores e indios do Sul da Bahia é um crime. Isso, posso atribuir a FUNAI que de forma irresponsável e criminosa publicou um relatório fajunto, iniciando um processo demarcatório em um assentamento do INCRA e aldeiamento instito há século, contrariando a Lei e as condicionantes do Supremo Tribunal.Não é preciso ser especialista para notar o golpe que se que dar em muitos. A paz virou guerra naquela região
ResponderExcluirAbiel