A COIAB vem por meio desta, manifestar o seu apoio aos parentes do Santuário dos Pajés, em Brasília, que estão vivendo um momento muito preocupante, de fortes embates, em defesa da garantia de seu sagrado direito a Terra.
O Santuário dos Pajés, localizado no plano piloto da Capital Federal, desperta o interesse de empreiteiros para construção de um condomínio de luxo, expulsando as famílias indígenas do local. O que é uma verdadeira afronta aos direitos dos povos indígenas que tradicionalmente habitam o local desde a década de 1950.
Há tempos acompanhamos o descaso do poder público em questões que envolvem a territorialidade para os povos indígenas. O movimento indígena no Brasil tem travado uma batalha imemorial pelo direito aos seus territórios livres da ação de invasores, do agronegócio, pela demarcação e reconhecimento de seus territórios, que são verdadeiras frentes de combate ao desmatamento.
Exigimos que os direitos indígenas sejam garantidos e respeitados, conforme regem a Constituição Federal e Organismos internacionais de direitos humanos, dos quais o Brasil é signatário.
Que a FUNAI, enquanto órgão indigenista oficial apure as atrocidades cometidas contra as populações do local, para que a violência contra os nossos parentes seja combatida e os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
Que seja oficialmente encaminhado à Justiça o laudo antropológico concluído sob a coordenação dos Antropólogos da ABA (Associação Brasileira de Antropologia) já entregue às lideranças indígenas do Santuário, ao Ministério Público Federal e aos servidores da FUNAI, documento este que atesta o Santuário dos Pajés como sendo Terra Tradicionalmente Ocupada por comunidade indígena.
Por fim, exigimos da FUNAI que seja criado um Grupo de Trabalho, no intuito de vir a identificar, delimitar, demarcar e proteger aquele território tradicional dos povos que habitam o Santuário dos Pajés que há décadas vêm perpetuando seus valores e conhecimentos tradicionais, como fonte inabalável de sabedoria e bem viver.
Manaus, Amazônia Brasileira, 01 de novembro de 2011
Saudações Indígenas,
COORDENAÇÃO DA COIAB
Os índios não aceitam outra terra próxima maior do que os 4ha em que os eles vivem. A própria Funai não considera essa terra como ocupação tradicional dos índios. Não apenas construtoras, mas diversas cooperativas, formadas por cidadãos de Brasília,adquiram legalmente projeções para construção dos prédios no local. GDF, FUNAI, TERRACAP, sociedade, justiça, todos acham legítima a construção do Noroeste, exceto um bando de estudantes desocupados querendo aparecer.
ResponderExcluirConcordo com o comentário Windbsb. Mas não devemos nos esquecer que em Brasília existem diversos povos indígenas de diferentes etnias e que nunca são ouvidos e nem comtemplado pelas politicas publicas.
ResponderExcluirA cultura moderna do homem branco o deixou cego. Seguindo esse rumo de egoísmo, ele irá se destruir. O problema é que ele faz questão de matar os outros antes de ser destruído.
ResponderExcluirTanto índios já foram assassinados, e ainda continuam matando mais, seja na bala ou na fome. Eu queria ver quem iria gostar de perder sua terra para plantar e sua casa para morar. Homem branco é cego e tolo, só quer tudo para si. Me envergonho da parcela europeia de meu sangue, pois minha alma é INDÍGENA! Viva os índios, os negros e todos aqueles que aprenderam a viver no amor e no respeito, independente da etnia!
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