Lideranças Kaingang da Terra Indígena Apucaraninha, de Londrina, no norte do Estado do Paraná, ocuparam uma área próxima à localidade de Tamarana para reivindicar a posse de terras na região. Eles prometem permanecer na área e aguardar uma resposta da sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. A ocupação foi feita para pressionar a Funai a rever a demarcação de terras dos indígenas na região. “Temos documentação de 1900 que mostram que a terra era nossa. Em 1949, um decreto governamental reduziu nosso território de 68 mil hectares para 5,3 mil hectares”, afirma o indígena Ivan Bribis, da Reserva de Apucaraninha.
Desses 5,3 mil, apenas 200 hectares são agricultáveis, segundo Bribis. “Conversamos com representantes da Funai aqui de Londrina que vão encaminhar nossa solicitação a Brasília para que seja feita a identificação do limite do território tradicional”, explica. Os indígenas reivindicam que um integrante da Funai em Brasília vá ao Paraná para que um grupo de trabalho seja criado para resolver o impasse.O território ocupado fica próximo à comunidade indígena, distante cerca de cinco quilômetros de Apucaraninha, onde vivem 1,7 mil índigenas e dos quais a maioria agora ocupa a área – denominada pelos Kaingang de Aldeia Serrinha.
O administrador da Funai em Londrina, Mário Jacintho, que iria até a reserva. Já existe uma ação civil pública que solicita que a Funai inicie a demarcação contínua das terras indígenas localizadas nas bacias hidrográficas dos rios Cinzas, Laranjinha e Tibagi.
O documento indica que a delimitação foi alterada artificialmente para adquirir forma descontínua (em ilhas) e que a área onde será formado o reservatório da Usina Hidrelétrica de Mauá está nitidamente em terras Kaingang ainda não demarcadas. A ação está sob responsabilidade da desembargadora federal Maria Lúcia Luz Leiria, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).
Impressionante os indios não conseguem produzir nem o pouco de terra que possuem e ainda querem mais.
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