sexta-feira, 24 de julho de 2009

Seminário de Gestão Ambiental em Terras Indígenas

Nota à Imprensa


A Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal – Arpipan – fará realizar na Terra Indígena de Lalima, Município de Miranda, o primeiro Seminário de Gestão Ambiental em Terras Indígenas nos dias 27 e 28 de julho, com a presença de Líderes kaiowa/guarani, ofaiê, guató, kadiwéu, atikum e terena e ainda organizações indígenas.

O Coordenador da Arpipan, Ramão Vieira de Souza Terena, explica que o objetivo especifico do evento é levar aos povos e lideranças indígenas deste Estado de Mato Grosso do Sul, os elementos necessários para construção de modelo de gestão que promova a proteção e promoção dos direitos indígenas que incluem a posse permanente de seus territórios e o usufruto exclusivo de suas riquezas naturais.

A escolha da Terra Indígena Lalima, no Município de Miranda, distante 240 quilômetros da Capital do Estado de MS é em razão que essa Terra Indígena é uma das Áreas de Referência eleita para acolher o Projeto - Catalizando a Contribuição das Terras Indígenas para Conservação dos Ecossistemas Florestais Brasileiros ou GEF Indígena.

Gef Indígena é um projeto conceituado pelas organizações regionais nacionais, como Coiab, Apoinme, Arpinsul, com recursos originários do Programa das Nações Unidas (PNUD) que se destinam a fortalecer as formas étnicas de manejo, uso sustentável e a conservação dos recursos naturais nas terras indígenas e estão alinhados a Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas propostas pelo Governo Brasileiro.

Para a implementação dessa Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas foi instituído Grupo de Trabalho composta por lideranças indígenas e o Ministério do Meio Ambiente, Funai cuja responsabilidade é de buscar junto as terras Indígenas subsídios qualificados para a tomada de decisão.

Para o Coordenador da Arpipan, o evento é muito comemorado e a seu ver trata-se de uma oportunidade impar, que permiti
rá aos Povos Indígenas do Pantanal, que sofrem há décadas de imposição perniciosa de outro modelo, a possibilidade da reconstrução de capacidades das formas autônomas de vida em seus territórios, que foram ao longo do tempo sendo forçadamente renunciadas por conta dessas lógicas exógenas.


Campo Grande (MS), 23 de julho de 2009.

Mais informações:

Ramão Vieira de Souza Terena, coordenador geral da ARPIPAN – (67) 9933-8522/9218-4501

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