O despautério proposto pelo Governo do Mato Grosso, de levar as famílias de Marãiwatsédé para o Parque do Araguaia não encontra qualquer amparo legal. Entretanto essa proposta é apoiada por políticos/fazendeiros da região que não respeitam o direito dos povos indígenas, amparados pela Constituição Federal e por organismos internacionais de Direitos Humanos.
Situada entre o cerrado e a Amazônia, Marãiwatsédé, lugar de “Mata Fechada”, é lar de mais de 700 indígenas Xavante que, há anos, travam uma batalha pelo direito de ocuparem em paz o seu território tradicional que foi homologado em 1998.
Desde a década de 60, logo após o contato, esse território é invadido por fazendeiros e posseiros. Em 2010, a Terra indígena Marãiwatsédé foi a área mais desmatada da Amazônia Legal.
Para que não se repita o genocídio dos anos 60, no tempo da Agropecuária Suiá-Missú, quando uma centena de pessoas morreram vitimados pelo sarampo após a retirada forçada de Marãiwatsédé para a Terra Indígena São Marcos.
O negócio não pode ser mais importante do que a vida da nossa gente.
Manaus, Amazonas, 30 de maio de 2011.
Saudações Indígenas,
Coordenação da COIAB
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