Desde o inicio do ano de 2011, vem acontecendo vários boatos através de blogs e sites, em que seria instalado uma Usina Nuclear no município de Itacuruba, que fica localizado no Sertão de São Francisco Pernambuco, e tem uma população de 4 mil habitantes sendo que 15% deles são indígenas Pankara, esses boatos ganhou força até acontecer a catástrofe do Japão.
Só que ainda hoje a população local e as das regiões próximas a Itacuruba, ainda temem que essa obra seja concretizada, pois todos sabem os riscos e impactos que uma usina nuclear causa a vida e ao meio ambiente dos que moram próximos a ela. O presidente do sindicado de Trabalhadores Rurais de Itacuruba o Sr. Ademilton Luiz diz que “o estado de Pernambuco tem leis que proíbe a construção de obras que causam grandes impactos ambientais”, e se posiciona contra a construção dessa Usina.
Mas o que preocupa principalmente as comunidades indígenas, é que mesmo sem consultar a sociedade civil, as obras da transposição do Rio São Francisco estão sendo realizadas. E será que caso uma lei vai esbarrar a construção dessa usina?
Em conversa com representantes do povo Pankara de Itacuruba, sentimos a indignação e preocupação desse povo, pois eles como um povo originário da região, que presenciaram as diversas mudanças catastróficas causadas pelos não indígenas em sua região, exemplo disso foi a construção da Barragem de Itaparica há 23 anos, em que inundou seu território espiritual, e os forçaram a migrar para outros lugares. Por conta disso os Pankara convocam a todas as organizações indígenas, indigenistas, parentes indígenas, quilombolas e todos os seguimentos que são ribeirinhos do rio São Francisco, para que se mobilizem contra a construção dessa Usina, caso ela venha acontecer de fato.
Sabemos que o desenvolvimento sustentável de uma comunidade não parte pela destruição dela, e temos mais uma vez que o programa de erradicação da pobreza no pais, seja através do extermínio das comunidades pobres, e não é porque em Itacuruba possui apenas 4 mil almas, que devemos esquecer do raio de impacto do alcance de uma Usina Nuclear. E para que isso não aconteça temos que nos mobilizar sim, pois todo boato tem um fundo de verdade, assim falam os mais velhos.
Fonte: www.apoinme.org.br
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