terça-feira, 18 de agosto de 2009

Alice Portugal defende diálogo na definição da Área Indígena Tupinambá

Foto: Alice alertou sobre os riscos da radicalização dos discursos

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira, 12, audiência pública para discutir o Relatório de Delimitação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, localizada nos municípios baianos de Ilhéus, Buerarema, Una e São José da Vitória e seu impacto socioeconômico na região.

O debate contou com a participação de prefeitos e vereadores da região, representantes da FUNAI, dirigentes de entidades de produtores rurais da Bahia e lideranças indígenas tupinambás.A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) participou da audiência pública e defendeu um diálogo entre os índios e os pequenos produtores rurais dos municípios, na Bahia, na busca de um acordo que não parca de vista os direitos do povo tupinambá de Olivença. Ela defendeu a atuação da FUNAI e criticou as acusações de que a instituição trabalha aliada à ONGs internacionais para criar um estado dentro do Estado brasileiro com a demarcação da reserva tupinambá. “A FUNAI é um organismo do Estado brasileiro, conta com quadros altamente especializados e responsáveis e não pode ser caluniada pelo fato de exercer sua missão”, destacou.

Alice alertou a todos para os riscos da radicalização dos discursos, com acusações levianas e preconceituosas às lideranças indígenas e às autoridades federais e pediu ponderação para não incentivar possíveis conflitos. “Índios, trabalhadores e pequenos produtores rurais precisam de atenção especial nesse processo e não podem ser transformados em massa de manobra de gente inescrupulosa, com objetivos obscuros na região”, advertiu.

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