As
Terras Indígenas (TI`s) de Votouro, Candóia, Nonoai, Rio da Váreza,
Rio dos índios e Iraí, no Rio Grande do Sul, juntamente com as TI`s de
Toldo Pinhal, Toldo Imbu, Chimbangue e Aldeia Condá, se uniram para
impulsionar a revogação da Portaria 303, onde se proíbe o usufruto dos
territórios tradicionais, como a sobreposição do interesse político para
a edificação de bases, unidades e postos militares, sem ter que haver
necessariamente a consulta aos povos indígenas e a Fundação Nacional do
índio.
Desde
o começo do ano o país tem agido de forma inconstitucional sobre o
direito das comunidades indígenas, como a PEC 215 e consequentemente a
Portaria 303. As entidades vinculadas ao Governo Federal têm agido de
forma arbitraria e sem nenhuma característica ética sobre o próprio
trabalho desenvolvido pelos seus representantes. A formulação da
Portaria, completa nesta semana, dois meses da sua assinatura feita
diretamente pelo Advogado Geral da União (AGU), Luís Inácio Lucena
Adams e entra para votação na próxima segunda-feira (24).
Contudo, a Convenção 169 sobre Povos Indígenas e Tribais em Países
Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovada
em 1989, deixa claro que é necessário à consulta aos povos, mediante os
procedimentos apropriados e, particularmente, através de suas
instituições representativas, cada vez que sejam previstas medidas
legislativas ou administrativas onde os afetem diretamente.
De acordo com a OIT 169, esta prerrogativa não foi em nenhum momento
levada em consideração pelos agentes envolvidos em todo este processo
arbitrário às comunidades indígenas. E para que toda a sociedade tenha
conhecimento sobre estas ações das quais impedem a evolução natural das
comunidades indígenas, assim como, a própria sustentabilidade de todas
as etnias do Brasil, as mobilizações da região sul em torno desta
Portaria, foi estabelecido pelas comunidades que a Br-348, em Santa
Catarina, a RS-343 e a BR-386 no Rio Grande do Sul, permanecem
bloqueadas por tempo indeterminado até um posicionamento das estâncias
aliadas ao AGU e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mobilização Nacional – Todos os estados do Brasil,
pelas comunidades indígenas, já aderiram à causa. E desde o mês passado
diversas ações têm ocorrido no país para alertar toda a sociedade e
assim poder levar à mídia esse retrocesso que tem deixado os povos
indígenas incertos quanto o seu espaço de vivência.
ASCOM Arpin Sul – Arituclação dos Povos Indígenas da Região Sul.
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